Financiamento ou consórcio? O primeiro é uma dívida a longo prazo, mas permite que você tenha acesso imediato ao que comprou. O segundo é um pouco mais demorado, mas possui parcelas menores. Então, qual escolher?
Antes de qualquer coisa, há que se reconhecer: essas informações não bastam para formular uma decisão. Em suma, ambos oferecem vantagens e desvantagens. Vamos explicar uma por uma a seguir!
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A importância de saber sobre financiamento ou consórcio
Compreender as nuances do financiamento e do consórcio é crucial para quem deseja fazer investimentos significativos com sabedoria e segurança, especialmente quando se trata de adquirir bens de alto valor, como imóveis, veículos ou até mesmo lanchas.
Essa compreensão não apenas capacita os consumidores a tomarem decisões melhores, mas também abre caminhos para realizarem seus sonhos sem comprometer sua saúde financeira.
Por um lado, o financiamento oferece a possibilidade de compra imediata, permitindo o pagamento parcelado do bem com juros ao longo do tempo.
É ideal para quem precisa ou deseja o bem de forma urgente. Porém, essa opção requer uma análise cuidadosa das taxas de juros, do prazo de pagamento e da capacidade mensal de endividamento.
Por outro lado, o consórcio apresenta uma alternativa para quem pode planejar a aquisição a médio ou longo prazo.
Entender essas opções significa escolher o melhor caminho de acordo com seus objetivos financeiros e pessoais, a fim de garantir que a aquisição de um bem significativo seja uma fonte de satisfação, e não de preocupação financeira.
Portanto, investir tempo para conhecer as características, vantagens e desvantagens de cada modalidade de compra é essencial para um planejamento financeiro sólido e sustentável.
Leia também: Lei do Superendividamento: como renegociar dívidas?
O que é financiamento e como funciona?
O financiamento corresponde à compra de um bem com a ajuda de uma instituição financeira a partir de uma concessão de crédito. E, para que seja lucrativo, são incorporados juros e taxas ao valor inicial.
Além disso, o contratante não recebe o dinheiro. É a instituição financeira que realiza a transação.
Portanto, se você financiar uma casa, o banco fará a “transferência” do valor para o vendedor. O dinheiro, então, não “volta” para você. Isso impede que você mude de ideia e utilize a quantia livremente.
Além disso, o bem é utilizado como garantia. Isso significa que se você não quitar a dívida, o banco terá direito ao bem. Isso é válido ainda que falte apenas algumas parcelas. Enquanto você não finalizar o financiamento, aquele bem não é seu.
É importante destacar que o perfil de bom ou mau pagador interfere nas condições de pagamento. Assim, quanto maior for o seu score de crédito e boa a sua reputação, mais vantajoso será o cenário.
Por outro lado, quando as taxas de juros sobem, os juros do financiamento também aumentam. O mais recomendável, então, é aderir a contratos com taxas prefixadas. Assim, os juros não flutuam e você poderá se planejar financeiramente.
O que pode ser financiado?
Em geral, as instituições financeiras limitam as opções, preferindo financiar bens duráveis, como imóveis; veículos; e eletrodomésticos. Isso se dá devido ao fato de o bem ser utilizado como garantia, como citamos.
Assim, sendo um bem durável, a instituição poderá executar a dívida e requerer o bem como pagamento, vendendo-o para recuperar parte do dinheiro.
Quais as vantagens e desvantagens de fazer um financiamento?
O financiamento é uma ferramenta financeira amplamente utilizada para a aquisição de bens de alto valor.
Embora ofereça a oportunidade de realizar sonhos e atender necessidades imediatas, é importante ponderar suas vantagens e desvantagens antes de se comprometer com essa opção.
Vantagens do financiamento
- acesso imediato ao bem: uma das maiores vantagens do financiamento é a possibilidade de adquirir o bem desejado imediatamente, sem necessidade de acumular o valor total para a compra à vista;
- parcelamento: o financiamento possibilita dividir o valor do bem em parcelas, normalmente mensais, o que torna a compra mais acessível e distribui o impacto financeiro ao longo do tempo;
- planejamento financeiro: com parcelas fixas ou reajustáveis, o financiamento facilita o planejamento financeiro, uma vez que o valor das parcelas é conhecido e é facilmente incorporado ao orçamento mensal;
- construção de crédito: pagar um financiamento em dia pode ajudar a construir ou melhorar o histórico de crédito do consumidor, abrindo portas para futuras necessidades de financiamento.
Desvantagens
- juros e custos adicionais: os financiamentos incluem juros, que podem ser significativos ao longo do tempo, aumentando consideravelmente o custo total do bem. Além dos juros, há taxas administrativas e seguros obrigatórios que encarecem a operação;
- comprometimento de longo prazo: um financiamento pode representar um compromisso financeiro de longo prazo, o que requer estabilidade financeira e planejamento cuidadoso para evitar inadimplência;
- risco de endividamento: sem um planejamento financeiro adequado, o financiamento leva ao endividamento, especialmente se a soma das parcelas comprometer uma grande parte da renda mensal;
- bem como garantia: em muitos financiamentos, especialmente imobiliários e de veículos, o próprio bem é colocado como garantia (alienação fiduciária), o que significa que, em caso de não pagamento, o bem pode ser retomado pelo financiador.
O que é e como funciona o consórcio?
O consórcio pode ser um pouco mais complexo do que o financiamento. Nele, vários compradores se unem e pagam todos os meses as parcelas necessárias para comprar um bem de interesse comum. Feitas as devidas ressalvas, poderíamos dizer que se trata de um “financiamento coletivo”.
Em razão disso, é mais provável encontrar melhores condições e parcelas menores. Afinal de contas, as instituições financeiras se beneficiam muito com esse formato, sobretudo em razão da quantidade de contratantes.
Entretanto, todo mês, uma pequena parcela dessas pessoas receberá a carta de crédito para comprar aquele bem. Isso é feito através de sorteios. Mas, contratantes que estão com pressa, também podem oferecer lances.
Para tanto, eles devem adiantar uma quantia considerável para quitar o bem. É possível, por exemplo, que você contrate um consórcio de R$ 70 mil para comprar um carro de R$ 50 mil.
Dessa forma, é possível utilizar os R$ 20 mil que sobram em lances. Os maiores lances do mês são agraciados junto com os nomes sorteados. Isso pode ajudar, mas não dá nenhuma garantia. Por esse motivo, os mais apressados costumam recorrer ao financiamento.
Certamente, o grande trunfo do consórcio são as condições. Além de tudo que já citamos, o contratante pode pagar parcelas reduzidas no início do consórcio e aumentá-las somente após a contemplação da carta.
Quais as vantagens e desvantagens de fazer um consórcio?
É importante entender suas vantagens e desvantagens antes de entrar em um consórcio. Vejamos:
Vantagens do consórcio
- sem juros: diferentemente do financiamento, no consórcio, não são cobrados juros sobre as parcelas, o que representa uma economia significativa no custo total do bem;
- flexibilidade de uso: o valor da carta de crédito pode ser utilizado para a compra de diversos bens dentro da mesma categoria, algo que oferece flexibilidade ao consorciado;
- planejamento financeiro: participar de um consórcio incentiva o hábito de poupar, sendo uma forma de planejamento financeiro para a aquisição de um bem a médio ou longo prazo;
- possibilidade de antecipação: por meio de lances, é possível antecipar a contemplação e adquirir o bem desejado antes do término do consórcio.
Desvantagens
- espera pela contemplação: a aquisição do bem depende de ser sorteado ou de dar um lance vencedor, o que pode levar algum tempo e não é ideal para quem tem urgência;
- taxas administrativas: apesar de não haver juros, os consórcios cobram taxas administrativas que aumentam o custo total da operação;
- rigidez nas regras: os consórcios têm regras estabelecidas em contrato que tendem a limitar a flexibilidade em termos de pagamento e uso da carta de crédito;
- risco de inadimplência do grupo: o funcionamento do consórcio depende do pagamento regular das parcelas por todos os participantes. A inadimplência de um ou mais membros impacta o fluxo de caixa do grupo e, consequentemente, a contemplação dos demais.
Leia também: Como renegociar dívidas? Veja o que fazer na prática!
Afinal, qual é melhor: financiamento ou consórcio?
Bom, como quase tudo no mundo financeiro, a resposta para “Financiamento ou consórcio?” é… Depende. A opção ideal varia conforme o perfil de cada um.
Financiamento ou consórcio: dúvidas frequentes
Vamos conferir agora algumas perguntas comuns.
Quais cuidados tomar antes de fazer um financiamento ou consórcio?
Antes de optar por um financiamento ou consórcio, avalie sua capacidade financeira, compare taxas e condições e leia atentamente o contrato para entender todas as obrigações e direitos.
Qual é o mais barato: consórcio ou financiamento?
Geralmente, o consórcio é mais barato a longo prazo, pois não possui juros, apenas taxas administrativas, que costumam ser menores que os juros do financiamento.
O que acontece ao parar de pagar o consórcio?
Se você parar de pagar o consórcio, pode ser excluído do grupo e perder o direito à carta de crédito, além de só receber o valor já pago ao final do grupo, descontadas as penalidades.
O que acontece se você deixar de pagar o financiamento?
Deixar de pagar o financiamento pode resultar em multas, juros por atraso, negativação do seu nome e, em última instância, perda do bem financiado para quitação da dívida.
Conclusão
A escolha entre financiamento ou consórcio deve ser baseada em uma análise cuidadosa das necessidades individuais, capacidade financeira e urgência na aquisição do bem.
Ambas as modalidades têm suas vantagens e desvantagens, e a decisão deve alinhar-se aos objetivos financeiros e ao planejamento a longo prazo do consumidor. E ambas representam grandes dívidas e compromissos a longo prazo.
É importante mencionar que o ideal é ter um controle financeiro rigoroso, com a ajuda da tecnologia e de soluções de organização financeira, para adquirir bens sem contrair grandes dívidas (como no caso de consórcios ou financiamentos).
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