Afinal, financiar carro vale a pena? Se você já se perguntou isso, saiba que essa é uma das práticas mais comuns entre os brasileiros que desejam adquirir um veículo, mas não têm o valor total para pagar à vista.
Atualmente, um em cada três carros novos vendidos no Brasil em 2023 é financiado, segundo o balanço da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef). Os financiamentos representam 41% dos novos veículos emplacados no país.
Mas será que essa é a melhor opção para você? Financiar carro vale a pena mesmo? Continue a leitura e descubra as vantagens e desvantagens de financiar um carro, quando essa opção vale a pena e dicas para acertar na compra.
O que considerar antes de financiar um carro?
Antes de tomar a decisão de financiar um carro, é fundamental analisar alguns fatores cruciais que podem, de uma forma ou outra, impactar diretamente no seu bolso.
A taxa de juros, o valor da entrada e o impacto no seu orçamento mensal são alguns dos principais pontos a serem considerados.
Taxa de juros
A taxa de juros é um dos principais elementos que influenciam o custo total do financiamento. Atualmente, as estatísticas são otimistas. A taxa de juros média para veículos caiu de 29%, em janeiro de 2023, para 26%, no mesmo mês em 2024.
Em agosto de 2024, a taxa Selic, que regula boa parte dos serviços financeiros, incluindo financiamentos, está em 10,50% ao ano, mantendo o último corte de 0,25 ponto percentual realizado em maio de 2024.
No entanto, o impacto desse corte de 0,25 ponto percentual, anunciado pelo Copom, ainda é incerto no setor automotivo. Mesmo assim, a tendência de redução nas taxas pode beneficiar quem busca financiar um veículo.
Além da taxa de juros, lembre-se de considerar o Custo Efetivo Total (CET) das propostas de financiamento para ter clareza total sobre o que será pago.
Veja também: O que é Custo Efetivo Total (CET) e como funciona?
Tipo de financiamento
Existem diferentes tipos de financiamento de veículos, como leasing e crédito direto ao consumidor (CDC).
O leasing permite o uso do carro enquanto se paga por ele, mas com menos flexibilidade. O CDC oferece mais liberdade na posse do veículo, porém com juros mais altos.
Vale citar que há também a opção de consórcio que, apesar de não ter juros, exige paciência, pois a aquisição depende de sorteios ou lances.
Leia também: Financiamento ou consórcio? Saiba qual é a melhor decisão!
Valor de entrada
A entrada é como um sinal inicial que você dá para o financiamento. Quanto maior a entrada, menor será o valor financiado e, consequentemente, menores serão as parcelas e o total de juros pagos ao longo do financiamento.
Imagine que você queira comprar um carro de R$ 70.000. Se você der uma entrada de 20%, ou seja, R$ 14.000, o valor financiado será menor e as parcelas mais leves para o seu bolso.
O ideal é que a entrada seja de pelo menos 20% a 30% do valor total do veículo, mas você pode dar uma entrada ainda maior se tiver condições para isso.
Impacto no orçamento mensal
A regra geral é que as parcelas não devem ultrapassar 30% da sua renda líquida. Afinal, as parcelas do financiamento farão parte do seu orçamento mensal, por isso é fundamental que elas caibam no seu bolso sem comprometer outros gastos importantes.
Se você ultrapassar esse limite, pode ter dificuldades para pagar as contas e até mesmo entrar em dívidas.
Leia também: O que são despesas variáveis e como gerenciá-las?
Vantagens e desvantagens de financiar um carro
Financiar um carro oferece a oportunidade de ter um veículo próprio mesmo sem ter todo o dinheiro à vista. No entanto, como toda moeda tem dois lados, o financiamento também apresenta algumas desvantagens que precisam ser consideradas.
A seguir, vamos analisar os prós e contras dessa modalidade de compra para você entender se financiar carro vale a pena.
Vantagens
O financiamento oferece várias vantagens que facilitam a aquisição de um veículo, mesmo sem o valor total disponível:
- Permite a compra imediata do carro;
- Possibilidade de parcelamento em prazos mais longos;
- Algumas instituições oferecem taxas de juros competitivas;
- Flexibilidade na escolha do valor de entrada;
- O carro pode ser utilizado desde o início, mesmo durante o pagamento das parcelas.
Desvantagens
Apesar dos benefícios, o financiamento também apresenta desvantagens que precisam ser consideradas com cuidado:
- Juros acumulados podem aumentar o custo final do carro;
- Comprometimento da renda mensal com parcelas;
- Longos prazos de pagamento podem se estender por anos;
- Pode haver exigências rigorosas de crédito;
- O veículo fica alienado ao banco até a quitação total do financiamento.
Quando vale a pena financiar um carro?
O financiamento pode ser uma boa opção quando você possui um bom score de crédito, a taxa de juros está baixa, você consegue dar uma entrada considerável e as parcelas cabem no seu orçamento.
Por exemplo, se você precisa de um carro para trabalhar e não tem todo o dinheiro para comprar à vista, o financiamento é uma boa solução.
No entanto, se a taxa de juros estiver muito alta ou se você não tiver certeza sobre a sua estabilidade financeira, pode ser melhor esperar ou considerar outras opções, como comprar um carro usado ou mesmo participar de um consórcio.
É possível financiar carro com score baixo?
Sim, é possível financiar um carro mesmo com um score baixo. No entanto, as condições do financiamento costumam ser menos vantajosas para quem possui um score baixo, como taxas de juros mais altas e exigência de uma entrada maior.
Leia também:
Dicas para financiar seu carro da melhor forma
Se depois de conferir todas essas informações você entendeu que financiar um carro vale a pena para você, confira essas dicas para fazer isso da melhor forma para a sua vida financeira:
- Pesquise e compare taxas de juros em diferentes instituições;
- Não tenha medo de negociar as condições do financiamento com a concessionária ou instituição financeira;
- Dê a maior entrada possível para reduzir o valor das parcelas;
- Verifique se as parcelas não comprometem mais de 30% da sua renda mensal;
- Considere um prazo de financiamento que equilibre parcelas acessíveis e custo total;
- Leia o contrato com atenção para evitar surpresas;
- Examine, analise e, se necessário, reorganize sua vida financeira.
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