Você já percebeu como, de tempos em tempos, os preços no supermercado e em outros setores da economia parecem subir? Isso é o poder da inflação. Entender o que é inflação, como ela é medida e quais são as causas podem ser muito importantes.
De uma forma geral, a inflação está ligada aos aumentos generalizados dos preços dos bens e serviços na economia ao longo do tempo. A inflação é medida por índices que acompanham as variações de preços em produtos e serviços consumidos pelas famílias.
Além disso, a inflação é conhecida como um “termômetro” da economia. Quando os preços aumentam, o poder de compra diminui, ou seja, as pessoas passam a comprar menos do que antes.
Existem diversas causas para a inflação, e entendê-las é importante para saber que ela pode afetar as nossas vidas e os negócios. Neste artigo, você poderá esclarecer tudo sobre o assunto. Boa leitura!
O que é inflação?
Saber o que é a inflação te ajudará na prática a entender como ela se aplica no seu dia a dia. Inflação é o termo utilizado para o aumento dos preços de bens e serviços e que implica diretamente no poder de compra das famílias brasileiras.
A inflação é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado para o sistema de metas para a inflação e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços.
Uma forma bem simples e prática para perceber a inflação é indo ao supermercado. O preço dos produtos nas prateleiras não são mais os mesmos de 10 anos atrás, eles aumentaram, bem como os valores de aluguel, automóveis ou outros itens.
Como a inflação é calculada?
Como explicamos acima, a inflação no Brasil é medida por vários índices, mas o principal para calcular o valor oficial é o IPCA.
O indicador tem o objetivo de abranger 90% da população urbana no país e é medido mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ele determina a inflação de produtos e serviços do varejo consumidos pelas famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos e leva em consideração os valores de uma cesta de produtos e serviços consumidos pela população, que são:
- Vestuário;
- Habitação;
- Despesas pessoais;
- Transporte
- Alimentação;
- Comunicação;
- Saúde;
- Educação.
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Quais as causas da inflação?
Existem várias causas para a inflação, que podem ser agrupadas em: pressões de demanda, pressões de custos, inércia inflacionária e expectativas de inflação. Porém, as principais são as pressões por demanda e inflação de custos.
A inflação de demanda acontece quando o desejo coletivo de consumir determinados bens ou serviços cresce mais rápido do que a oferta disponível, fazendo com que o valor em dinheiro aumente.
Imagine que em um restaurante todos querem o mesmo prato popular ao mesmo tempo, mas a cozinheira não consegue cozinhar na mesma velocidade para todos. Naturalmente, o preço desse prato irá aumentar.
Já a inflação de custos acontece quando os preços dos insumos necessários para oferecer um produto ou serviço aumentam.
Um exemplo disso é o aumento no preço da farinha e do açúcar, que inevitavelmente trará um custo mais alto desses ingredientes para uma padaria, refletindo no preço do pão que consumimos diariamente.
Quais os efeitos da inflação na economia e na vida do consumidor?
Os efeitos podem ser sentidos tanto na economia como na vida pessoal dos consumidores. Quando os preços sobem, nós compramos menos e isso pode afetar a capacidade das famílias de comprarem itens essenciais, como roupas e alimentos.
Além disso, a inflação pode impactar em decisões como a compra de uma casa ou de um carro. E afeta as camadas menos favorecidas da população, pois têm menos acesso a instrumentos financeiros para se defender da alta inflação.
Para a economia, a inflação descontrolada pode levar à instabilidade, diminuindo a confiança e os investimentos.
A inflação mais alta também aumenta o custo da dívida pública, pois as taxas de dívida pública precisam compensar não só o efeito da inflação, mas também incluir um prêmio de risco para compensar as incertezas associadas com a inflação alta.
Quais as consequências da inflação?
As principais consequências da inflação são a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços dos produtos e serviços e desvalorização da moeda.
Outra consequência está associada ao rendimento real em investimentos. O rendimento real está associado aos ganhos de uma aplicação, descontada a inflação.
Sendo assim, se um investimento teve um retorno de 10% ao ano e a inflação no período foi de 2%, a rentabilidade real foi de 8%, mas se a inflação for superior ao rendimento, a rentabilidade real será negativa, fazendo com que o investidor perca o dinheiro.
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Exemplos práticos e históricos da inflação no Brasil
O Brasil teve várias cotas de desafios inflacionários, especialmente durante a década de 80 e início de 1990, quando o país enfrentou uma hiperinflação.
Para muitas pessoas, fazer compras no supermercado era uma corrida contra o tempo, pois os preços podiam subir em questão de horas. A alta inflação corroía os salários e as poupanças tornando a vida financeira um desafio diário para milhões de brasileiros.
Um exemplo prático desse período foi o “overnight”, uma prática de aplicação financeira diária que visava proteger o dinheiro da desvalorização.
Em resumo, as pessoas tinham que aplicar seu dinheiro para não perder poder de compra com o passar dos dias. Graças ao Plano Real, em 1994, o Brasil conseguiu estabilizar sua moeda e controlar a inflação, trazendo alívio e previsibilidade econômica.
Como se proteger da inflação?
Talvez você esteja se perguntando se é possível se proteger dos efeitos da inflação. Existem algumas ações que, se colocadas em prática, você consegue sofrer menos com os efeitos da inflação.
Para conseguir isso, você pode investir o seu dinheiro em alguns ativos específicos, com o rendimento atrelado à inflação, como o Tesouro IPCA+, por exemplo, ou por meio de outros investimentos em empresas ou ativos que estejam atrelados à variação da inflação.
Outras medidas como os fundos imobiliários e rendas variáveis também podem ser ótimos aliados para se proteger da inflação.
Conclusão
Compreender sobre inflação te ajuda a planejar melhor suas finanças pessoais. Quando você tem noção de que os preços podem subir, é mais fácil tomar decisões financeiras informadas e economizar para o futuro.
Aplicar a prática desse conhecimento pode ser vital na próxima vez que você planejar o seu orçamento familiar. Para isso, você pode considerar o aumento dos preços dos alimentos e combustíveis podem subir, por exemplo.
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