Como usar cartão de crédito sem fazer dívidas é uma pergunta bastante comum, sobretudo entre brasileiros. Por aqui, essa modalidade é bem famosa. Ao final de 2020, a quantidade de cartões de crédito ativos no Brasil era de 134 milhões, segundo dados das Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil publicados pelo Banco Central.
E não pára por aí: cerca de 70% dos brasileiros que fazem uso dessa modalidade possuem três ou mais cartões, de acordo com uma análise feita pela Serasa. Naturalmente, milhões de brasileiros fazem dívidas no cartão de crédito. A verdade é que, em um cenário de instabilidade econômica, muitos encaram os limites como um “complemento” à renda.
Como não se endividar no cartão de crédito?
Bom, o primeiro passo é entender como ele funciona. O limite do cartão de crédito não é um complemento à renda — longe disso! Os gastos na fatura devem fazer parte do seu orçamento. Portanto, não importa o quanto de limite o banco te concedeu. O limite, na verdade, é quanto você ganha — ou melhor, quanto sobra do seu salário.
Uma vez que você aprende a administrar os seus ganhos, saberá também quanto pode gastar. Depois de pagar todas as despesas da casa, compromissos financeiros, guardar parte do dinheiro para a sua reserva de emergência ou para os investimentos, aí podemos falar em cartão de crédito.
1. Compre apenas o que pode pagar
Como você pode imaginar, a primeira regra é comprar somente o que o seu dinheiro permite. Limites maiores do que o seu rendimento podem gerar a ilusão de que você tem mais poder aquisitivo, mas não se engane. Outra armadilha é o parcelamento. Ainda que você dilua as suas compras em muitas parcelas, considere o valor total.
Deve haver uma proporção saudável entre os seus ganhos e os seus gastos. Afinal, eles terão impacto no seu orçamento. Não é recomendável, por exemplo, financiar um carro de R$ 40.000 se você ganha apenas R$ 2.000 somente porque a parcela é pequena. Capiche?
2. Não parcele a sua fatura
Aqueles que compraram mais do que podiam pagar costumam usar o parcelamento da fatura. Como o nome já sugere, essa solução permite que o consumidor divida o valor total da fatura. E essa seria uma ótima alternativa se não fossem pelos juros meteóricos.
As taxas variam bastante conforme o banco utilizado. Dados divulgados pelo Banco Central em 2021 nos mostram alguns exemplos. No ano, o Banco Inter apresentou uma taxa de 62,36% ao ano, enquanto o Banco Sicoob cobrou 82,72%.
3. Pague o cartão de crédito em dia
Outro ponto de atenção é o prazo de pagamento da fatura. Atrasos no pagamento também geram juros e, a depender do valor da fatura e das taxas do banco, eles podem custar muito caro. Portanto, registre as datas de cada cartão para não perder dinheiro sem necessidade.
4. Cuidado com anuidades!
Com o crescimento dos bancos digitais, a cobrança de anuidade no cartão deixou de ser um vilão. Essas instituições, em sua maioria, oferecem cartões de débito e crédito sem custos adicionais. Mas, se você ainda possui um cartão de crédito com anuidade, tenha atenção ao valor e inclua esse custo no seu orçamento. Não esqueça, ainda, de negociar com o seu banco a redução da anuidade de tempos em tempos.
5. Use cartões de crédito com vantagens
Já que você utiliza cartão de crédito, por que não escolher uma opção com benefícios? Inúmeros bancos e bandeiras oferecem vantagens aos titulares. Entre elas podemos citar descontos, seguros, garantias sobre preço e, claro, pontos e milhas. E, sim, é possível encontrar cartões desse tipo sem anuidade.
6. Monitore seus gastos
Além de conhecer o seu orçamento, é importante que você monitore os seus gastos. Através desse hábito, fica mais fácil entender quais gastos são os maiores na sua fatura e, claro, como evitá-los. Esse monitoramento também te dará algo indispensável: mais controle financeiro.
Organizze te ajuda!
Como uma plataforma dedicada ao controle de gastos, nós temos todos os recursos que você precisa para registrar suas receitas e despesas. E mais: aqui, você pode acompanhar a sua fatura, ser avisado da data de vencimento e receber análises sobre os seus hábitos financeiros.
7. Não tenha muitos cartões de crédito
Para usar o cartão de crédito sem se endividar, você precisa acompanhar seus gastos sempre. Essa tarefa se torna muito mais simples se você tiver menos cartões de crédito. Que tal tentar utilizar apenas dois? Ainda que você esteja acostumado a dividir os seus gastos entre muitas faturas, experimente simplificar a sua vida financeira.
8. Atenção à data de fechamento da fatura!
Já olhou a sua fatura e viu que ela estava assustadoramente alta? Uma forma de evitar isso é ter em mente a data de fechamento, que acontece geralmente dez dias antes do vencimento. Muitas vezes compensa esperar a abertura de uma nova fatura para não sobrecarregar o orçamento daquele mês.
9. Controle o limite do cartão de crédito
Você aprendeu como funciona o limite do cartão de crédito no início desse artigo, certo? Bom, se o banco te oferece um limite mais alto do que a sua renda mensal, agradeça e se mantenha fiel ao seu orçamento.
O ideal é que esse número não ultrapasse 50% do salário, mas não é o que acontece. Felizmente, muitos aplicativos de banco permitem que você ajuste o seu limite. Assim, se você fizer uma compra além dele, ela será bloqueada imediatamente.
Ainda que existam algumas estratégias específicas, você deve ter notado: o ponto de partida é o planejamento financeiro. Aqueles que sabem quanto ganham, o volume das despesas e, finalmente, quanto podem gastar, dificilmente farão dívidas no cartão de crédito.
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