Quanto custa ter um filho no Brasil? Veja como se planejar

Acesse o texto do blog da Organizze e entenda quanto custa ter um filho no Brasil e a importância de planejar suas finanças para esse passo tão importante.

pai segurando filho, representando quanto custa ter um filho no Brasil

Você já se perguntou quanto custa ter um filho? Esse é, sem dúvidas, um dos momentos mais emocionantes da vida. Mas, além da alegria, essa nova fase traz consigo uma série de responsabilidades, principalmente financeiras. 

Afinal, quem nunca ouviu falar sobre a alta do custo de vida? E quando se trata de criar um filho, os gastos podem ser ainda maiores do que se imagina. Educação, saúde, alimentação e uma infinidade de outros custos compõem o orçamento familiar. 

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aproximadamente 30% da renda familiar é destinada à criação dos filhos.

Mas, afinal, como se planejar financeiramente para essa nova etapa da vida? Neste artigo, vou abordar com você quais são os custos de ter um filho no Brasil e te ajudar a se preparar para essa jornada. Boa leitura!

Quanto custa ter um filho no Brasil?

De acordo com estudos do IBGE, criar um filho até os 18 anos envolve um investimento que pode variar entre R$ 239 mil e R$ 3,6 milhões. Essa diferença se dá por diversos fatores, como renda familiar, região do país e estilo de vida. 

Famílias da classe C, por exemplo, podem gastar mais de R$ 400 mil. Em grandes cidades como São Paulo, esse valor pode chegar a R$ 1 milhão devido ao alto custo de vida. Na classe B, os gastos podem variar de R$ 900 mil a R$ 2 milhões. 

É importante ressaltar que esses valores podem ser ainda maiores quando consideramos a formação universitária, que costuma se estender até os 24 anos. 

Abaixo, veja a lista com todas as estimativas por classe, feitas com dados do IBGE.

  • Classe A (renda mensal superior a R$ 26 mil): cerca de 3,6 milhões
  • Classe B (entre R$ 13.200,00 e R$ 26 mil): média entre 1 milhão e 2,5 milhões
  • Classe C (entre R$ 5.280,00 e R$ 13.200,00): média entre 480 mil e 1,2 milhão
  • Classe D (entre R$ 2.641,00 e R$ 5.280,00): média entre 239 mil e 479 mil
  • Classe E (renda máxima de R$ 2.640,00): cerca de 239 mil

Quanto custa ter um filho no primeiro ano?

O primeiro ano de vida de um bebê exige muitos cuidados e, consequentemente, um investimento considerável. Segundo o blog Just Real Moms, esse período pode custar em média R$ 16 mil. 

É importante ressaltar que esse valor pode variar bastante, dependendo de diversos fatores como marcas escolhidas, necessidade de creche, tipo de alimentação (leite materno ou fórmula) e outros gastos extras. 

Por exemplo, considerando que um bebê usa, em média, 5 fraldas por dia durante o primeiro ano de vida, e o preço mínimo de uma fralda é de R$ 0,91, o gasto com fraldas nesse período pode chegar a aproximadamente R$ 1.658,25.

pai e filho representando quanto custa ter um filho no Brasil

Quais são os períodos mais caros da criação de um filho?

De acordo com a pesquisa conduzida pelos professores Juliana Inhasz e Cristiano de Souza Corrêa, utilizando dados do IBGE, os períodos mais caros são o final da infância e o início da adolescência

Nessa fase, os filhos ganham mais autonomia, desenvolvendo gostos e interesses variados, o que eleva os custos. 

Além disso, despesas adicionais, como aparelhos ortodônticos e tratamentos médicos, surgem. A boa notícia é que, a partir dos 16 anos, os gastos tendem a diminuir.

Quais são os principais custos de ter um filho?

Ter um filho envolve diversas despesas que vão se acumulando ao longo dos anos. Os principais custos incluem saúde, educação, alimentação e moradia, além de itens essenciais no primeiro ano de vida. Confira a seguir.

Primeiro ano de vida

Os primeiros anos de vida de um bebê são marcados por gastos com itens essenciais como fraldas, roupinhas, móveis e produtos de higiene. Esses custos iniciais podem pesar no bolso dos pais, exigindo um planejamento financeiro cuidadoso.

Saúde

A saúde do bebê é uma prioridade e, consequentemente, um item que exige um bom investimento. Consultas médicas, vacinas e possíveis emergências médicas são gastos que precisam ser considerados. 

Ter um plano de saúde pode ajudar a reduzir esses custos, mas não elimina a necessidade de economizar para imprevistos.

Educação

Os custos com educação aumentam à medida que a criança cresce. As despesas incluem mensalidades, material escolar e transporte, que podem pesar no orçamento se não houver planejamento. 

É claro que existem as creches e escolas públicas. Mas a escolha entre as opções públicas ou privadas é uma decisão que deve considerar a realidade financeira da família.

Nesse sentido, vale contextualizar que escolas particulares, dependendo da região, podem ter mensalidades que variam de R$ 270 a mais de R$ 1.200, de acordo com o nível de ensino. 

Alimentação

Nos primeiros anos de vida, fórmulas de leite, papinhas, frutas e outros alimentos compõem a dieta infantil e representam um gasto significativo.

Mas, como a alimentação é uma necessidade diária ao longo da vida, os custos podem representar uma grande parte do orçamento familiar. 

Moradia

A moradia também é uma das despesas mais importantes ao criar um filho. Além do aluguel ou financiamento da casa, há a necessidade de adaptar o ambiente conforme a criança cresce

Móveis, segurança e conforto são essenciais para o bem-estar do filho. Com o passar dos anos, os gastos podem aumentar à medida que as necessidades mudam, como quartos maiores ou reformas, o que exige planejamento financeiro.

Lazer

O lazer é fundamental para o desenvolvimento emocional e físico de uma criança. Embora algumas atividades sejam gratuitas, muitas famílias optam por investir em passeios, brinquedos e atividades recreativas pagas

Mesmo sendo considerado um gasto não essencial, o lazer proporciona momentos educativos e de interação, importantes para o crescimento saudável. Portanto, esse custo deve ser incluído no orçamento familiar de forma equilibrada.

Como se planejar financeiramente para ter um filho em 2024?

Já sabemos quanto custa ter um filho – o que não é nada barato. Os números não deixam dúvida de que a decisão de aumentar a família pode transformar completamente a vida financeira da família. Portanto, é indispensável fazer um planejamento familiar

As pessoas reconhecem o perigo de grandes despesas, mas subestimam gastos menores e rotineiros. Não à toa, muitos se planejam por anos para comprar um carro ou uma casa. Em contrapartida, é comum ignorar o impacto a médio e longo prazo de se ter filhos

Inclusive, há quem considere apenas os custos com a gravidez e os primeiros anos. Poucos vão além disso. Mas, como em qualquer decisão importante, planejar é necessário. 

Para te ajudar a fazer isso com eficiência, separei cinco dicas essenciais para você se planejar financeiramente para começar ou aumentar a família. Acompanhe!

1. Monte um orçamento familiar

O primeiro passo é entender como está a sua saúde financeira e da sua família. Monte um orçamento detalhado, listando todas as suas receitas e despesas. 

Identifique para onde vai cada centavo do seu salário e quais gastos podem ser reduzidos ou eliminados. Essa análise te dará uma visão clara da sua situação atual e te ajudará a definir um valor que você pode destinar para os gastos com o bebê.

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2. Faça uma reserva de emergência

Aqui no blog de finanças Organizze já explicamos o que é e como montar uma reserva de emergência

Mas se você está planejando ter um filho, é importante fazer uma reserva financeira dedicada a possíveis imprevistos, que, embora nunca se espere, podem sim acontecer.

Lembre-se que essa quantia deve ser suficiente para cobrir pelo menos 6 meses das despesas da criança. Mas, quanto maior a reserva, mais tranquilo você se sentirá para lidar com qualquer imprevisto.

3. Crie o hábito de economizar

Economizar é fundamental para alcançar qualquer objetivo financeiro, e ter um filho, como vimos, tem um alto impacto nas finanças. 

Por isso, se possível até mesmo antes da gravidez, comece a guardar uma quantia em dinheiro todos os meses, mesmo que seja pequena. 

Uma dica é utilizar investimentos de baixo risco para garantir a segurança do seu dinheiro. Com o tempo, essa reserva será essencial para cobrir os gastos iniciais com o bebê e para criar uma base financeira sólida para o futuro.

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4. Planeje o futuro

Além dos gastos imediatos, é importante pensar no futuro do seu filho. Comece a pesquisar sobre as diferentes opções de educação, desde a creche até a faculdade

Compare os custos e escolha aquela que melhor se encaixa no seu orçamento e nos seus objetivos. Pense ainda em outras necessidades futuras, como um plano de saúde mais completo ou a compra de um imóvel maior.

Outra dica é considerar investimentos específicos voltados para o futuro da criança. Saiba mais sobre isso no nosso artigo: O que é Tesouro Direto, como funciona e vantagens de investir!

mãe beijando bebê representando quanto custa ter um filho

5. Considere possíveis imprevistos

Como já falei anteriormente, imprevistos podem acontecer a qualquer momento, e com a chegada de um bebê, a chance de algum problema de saúde surgir é maior. 

Por isso, é fundamental estar preparado para lidar com situações inesperadas. Além da reserva de emergência, você pode contratar um seguro de vida para garantir a proteção da sua família em caso de algum imprevisto grave. 

Veja também: Despesas variáveis: o que são e como gerenciar?

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Conclusão

Agora você já sabe a resposta para a pergunta quanto custa ter um filho. Como vimos, essa decisão envolve um investimento que pode variar entre R$ 239 mil e R$ 3,6 milhões.

Por isso, é importante fazer um bom planejamento financeiro e adotar hábitos de economia. Assim, é possível garantir uma vida mais tranquila e confortável para a família.

E não se esqueça: o Organizze te ajuda nesse e em todos os momentos da sua vida em que o equilíbrio financeiro é indispensável. Conheça os planos do app!

E, se você gostou deste conteúdo, te convido a acompanhar as demais postagens do blog! Vamos cuidar das suas finanças juntos?

Conselheiro de empresas, mentor, empreendedor e investidor serial apaixonado por scale-ups e venture capital. Palestrante em diversas iniciativas do ecossistema brasileiro de inovação e empreendedorismo.